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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Rock Vibrations Recomenda : Megaira


A Internet de fato ajudou e muito para conhecermos bandas de todo o mundo, mas, ainda que façamos parte de um país rico em sonoridades diversas, o nosso Rock/Metal não deve para ninguém de fora do país.
E o que tem me deixado mais feliz ainda é o fato de que a qualidade imposta em trabalhos como este que irei apresentar aqui, só comprovem o quanto o Brasil é rico em detalhes e perfeccionismo no metal.

Conheci o grupo em questão através de uma postagem de sua vocalista em um grupo que me pertence no Facebook e, desde então, acabei por ouvir e virar um fã em imediato (sim, não é força de expressão).

Formada em 2009, a "Megaira" surgiu no ABC Paulista com sua sonoridade mesclando algo que "caminha" entre o thrash, death e também o campo melódico (com bastante influência do metal tradicional), além de letras que abordam os interessante temas da mitologia grega.
Paulo Schimit e Annia Bertoni são os vocais que mantém certa alternância relevante (completam o grupo : Paulo Melo na guitarra, Murillo Vudroph na bateria e Tiago Souza no baixo), e assim começaram uma caminhada interessante para que pudessem lançar seu debut.

As gravações se iniciaram em 2012, mas somente em 2017 que o álbum foi lançado (intitulado "Power, Lies and Death", com pré produção de Luiz Portinari e finalização de Thiago Oliveira).


O álbum se inicia com "Rising of the King", uma intro cheia de orquestrações bem feitas, clima de certa forma tenso (preparando o ouvinte)...
Até que, "Power and Cruelty" surge e, logo de cara você começa a entender o quanto aquelas palavras que citei acima são verdade.
Guitarras pesadas, vocais com muito feeling, solos matadores, andamentos e quebradas bem elaboradas...
Se fosse um single apenas, já valeria a pena a audição e repetição (mas calma, temos mais 6 faixas haha)...

"Ariadne's Thread" tem riffs inspirados (da pra notar o quanto o heavy metal faz parte das nuances encontradas aqui)... Seus andamentos rápidos aliados à efeitos variados mostram a versatilidade do grupo...
Os vocais são bem encaixados, mostram bastante a personalidade imposta, além de serem melódicos.

"The Fall of Minotaur" tem um baixo "bem na cara" e que já demonstra a influência pesada no lado extremo, vocais fortes determinam as melodias, guitarras mais uma vez bem timbradas...
(Produção impecável).

"Dedalus and Icaru's Escape" te empolga desde os primeiros acordes (é o tipo de som que nos shows você irá fazer coros de "hey, hey, hey" em sua intro)...
Mais uma vez o contraste nos vocais é muito bem feito, souberam aproveitar bastante, além de darem certa flexibilidade (não soa forçado, é muito bem pensado, sem tirar o brilho de cada um).
O lado extremo nessa canção é feito por quem sabe!

"Corona Borealis" mais uma vez tem belo trabalho de contrabaixo, além de riffs pesados que dão uma boa base, os vocais aqui mostram certa facilidade na transição de tons entre si... Os solos me agradaram bastante por serem calçados por uma base sólida e pesada (contraste ótimo com o melódico).

"End of a Reign (Begin the Judgment) tem lados melódicos e densos (me lembrou bastante bandas como Shadowside que não necessariamente usa sempre de elementos pesados, mas, isso é ótimo também aqui)...

"Erinyes" fecha o álbum lindamente, rápida, furiosa, mudanças de tempo que agradam, peso na medida certa, e mais uma vez enalteço os vocais contrastando muito bem.


É um álbum pesado, técnico, acima da média para ser um debut... Parabéns aos envolvidos, pois não se faz obras desta forma tão facilmente...
Mesclar peso e melodia parece ser fácil aqui!

Se eu não der uma Nota 10 estarei mentindo que não gostei, mas claro, na minha humilde opinião.


Ouça o disco via Spotify clicando aqui!


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